Aqui, como em qualquer cidade longe do Equador, em certas épocas do ano o sol só desaparece lá por umas 8 ou 9 da noite. Não sei se se diz “da noite”, já que ainda tem claridade no ceu, mas um amigo espanhol me dizia que voltava do trabalho “a las siete de la tarde”, e eu achava aquilo estranhissimo, porque na minha terra, a 5 graus do Equador, sete horas já é noite cerrada. Em minha terra o sol não se põe, despenca.
Mas o fato é que aqui, depois de umas 4 da tarde o sol parece que diminui seu ritmo de descida e vai, lentissimamente baixando, como se tivesse disfrutando de cada momento antes de desaparecer.
Fiquei pensando que bem que poderia acontecer o mesmo conosco. Atingiriamos a maturidade e dai pra frente iriamos em um ritmo mais lento até a morte. Mas, nada disso, antes pelo contrário. Parece que depois das 4 da tarde, a vida vai se pondo em ritmo equatoriano. Se pudessemos disfrutar mais lentamente esse entardecer…