Cordisburgo fica a algo como 2 horas de carro de BH, em uma estrada muito boa. Fomos pegar o carro que reservamos e, como eu já esperava, havia mais bagagem do que porta-malas. Reservamos um Palio e eramos 4 senhoras com 3 malas medias, 1 pequena e um monte de mochila, bolsa, bolsinhas, bolsonas. Não coube. Tivemos que abrir a bolsa e alugar um carro maior. Nada como um cartão de crédito prá resolver esses pequenos problemas.
Chegamos em Cordisburgo por volta do meio dia e fomos direto para o Hotel Chico Luzia, bem no meio do buchicho da turma amante de Guimarães Rosa. Esqueci de dizer que o intuito desta viagem foi participar dos eventos da semana roseana, que acontece todo ano nesse período de julho e da qual Fatima participa há 10 anos. Há toda uma programação, com palestras, exposições, apresentações. Dizer que a cidade fica toda mobilizada com esse evento é exagerar. Na verdade, até agora me parece que quem mais se mobiliza são os visitantes, os intelectuais locais e os donos de hoteis e restaurantes. O povo mesmo, os nativos mesmo, não estão nem ai.
De minha parte não vim acompanhar o evento, mas conhecer a cidade e observar as pessoas (não existem os observadores de pássaros? eu sou uma observadora de pessoas). Ainda não fui a nenhuma das programações, não tenho mais saco para palestras acadêmicas.
A cidade é pequena e, infelizmente, mal cuidada. Poderia ser linda, mas está suja, com predios mal conservados, meio largada mesmo. Mas a região é muito bonita e o friozinho que faz à noite é uma delícia.

