Estamos quase nos despedindo da Islândia. Hoje é nosso penúltimo dia, amanhã à tarde voamos para Londres e depois pra casa. Claro que nunca vou esquecer essa terra tão linda, tão cheia de magia, de histórias, de elfos e trolls. Levo daqui uma admiração profunda por esse povo, que, contornando todas as adversidades, constrói esse país onde não há pobreza, não há miséria, nem tampouco riqueza ostensiva e desnecessária.
Hoje fomos visitar um museu – O – que reproduz uma casa dos habitantes das montanhas nos séculos XVIII e XIX. Por ainda não terem desenvolvido a tecnologia de calefação usando a água quente, as casas era construídas com blocos de turfa e cobertura de grama. Os cômodos eram pequenos para aproveitar o calor e nela moravam várias pessoas. Me encantou um quarto cheio de camas, que também era local onde, imagino, as mulheres passavam grande parte do tempo. Porque aí estão a roca e os equipamentos para fiar e tecer, bem como instrumentos musicais.
A última visita do dia foi a uma… catarata! A Hraunfossar tem uma peculiaridade: não é uma queda d’água grande, a água cai de fendas na terra por uma extensão bem grande, dando um efeito muito bonito. Do lado dela há outra, a Barnafoss, menos impressionante mas com uma história: havia uma ponte de pedra em arco cruzando o rio formado pela catarata. Em um dia de Natal toda a população foi assistir a missa, menos duas crianças. Quando retornaram descobriram que amas crianças tinham caído da ponte. A mãe então mandou destruir a ponte para prevenir outras tragédias. Dai que Barnafoss significa ponte das crianças.
E chegamos ao nosso último pernoite. E mais uma vez comemos super bem no jantar. Amanhã retornamos a “Reikavik”, onde tomamos nosso vôo para Londres.