Apesar de sua maior atração ser Angkor Wat, Seam Reap não é só isso. Na verdade é uma cidadezinha de pouco menos de 200 mil habitantes, mas muito vibrante e animada.
Vale a pena ir ao teatro das Apsaras, um lugar muito bonito, todo em madeira, que é lugar do show e também restaurante. É bem lugar de turista, mas… é o que somos!
Entramos vimos o palco na frente e diante dele mesas compridas com almofadas no chão ao redor. Pensei “ih, não vai dá pra ficar sentada no chão o tempo todo, tô frita”. Quando me sento percebo que há um buraco (bem, “buraco” é um termo muito vulgar para aquele lugar. Um “rebaixamento de piso” fica mais elegante), onde enfiamos as pernas. Ou seja, a mesa é colocada por cima de um piso rebaixado de modo a caber as pernas dos comensais. Mas mesmo assim não tem encosto e foi meio sacrificoso para uma “anciã” como eu e fiquei o tempo todo subindo e descendo as pernas. Ah, e quando baixava, os pés não alcançavam o chão. E olhe que não sou baixinha.
Mas o show foi muito interessante. Eu imaginava que aquele tipo de dança fosse tailandesa, mas como o país foi invadido pela Thailandia por muito tempo, creio que as culturas se mesclaram. Os movimentos são lentos e envolvem principalmente as mãos. E cada movimento dos dedos tem um significado. É como se a historia fosse contada pelo movimento das mãos e pés.
Um ponto de destaque é a delicadeza como a comida é servida. Aliás, observamos isso em todos os lugares por onde andamos. Um simples arroz, vem servido em cestinhas de palha, uma salada de frutas é servida em folha de bananeira dobrada como uma taça. Além disso, a comida é deliciosa.
Seam Reamp tem uma vida noturna agitadíssima. Há uma espécie de feira ao ar livre, chamada Night Market, cheia de quinquilharia e roupas pra vender, mas no meio do fuzuê existem bares agitados, restaurantes simpáticos, lugares tocando jazz, rock e uma multidão de gente jovem colorida, com um cheirinho de mato queimado característico no ar. Se você é da “night”, não perca esse lugar. Vinte anos a menos e eu teria amanhecido o dia lá 🙂